Operação de combate a fraudes contra beneficiários do INSS é realizada no Norte de MG
05/06/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a Polícia Civil, duas pessoas foram presas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas e sequestros de veículos. Operação Vox Vacua foi realizada em Espinosa, Verdelândia e Jaíba. Delegacia da Polícia Civil de Espinosa
Polícia Civil
Uma operação de combate a fraudes contra beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Espinosa, Verdelândia e Jaíba nesta quinta-feira (5).
"Durante a operação Vox Vacua foi cumprido um mandado de prisão preventiva [contra o investigado por ser o líder do grupo], além da prisão em flagrante de um advogado que era responsável pela prática jurídica do esquema, por comércio ilegal de medicamentos controlados e posse irregular de munições", detalhou o delegado Eujecio Coutrim.
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Ainda de acordo com o delegado, foram cumpridas as seguintes medidas cautelares, veja abaixo:
Dez mandados de busca e apreensão - entre eles, um escritório de advocacia e uma construtora
Sequestro de três veículos, nas cidades de Espinosa, Verdelândia e Jaíba
Quebra de sigilo bancário e fiscal de oito envolvidos
Bloqueio de contas correntes e CNPJs vinculados aos investigados
Suspensão do registro do advogado
A operação Vox Vacua apreendeu celulares, computadores, cartões de crédito, procurações em branco, extratos e anotações contendo senhas bancárias de diversas vítimas. O material será periciado.
Policiais durante cumprimento de mandado
Polícia Civil
Modo de agir
Eujecio destacou ainda que o grupo tinha como foco pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente os beneficiários do INSS.
“As investigações revelaram um esquema que abordava aposentados oferecendo empréstimos, coletava documento e assinaturas das vítimas e utilizava essas informações para abrir contas bancárias e realizar transferências sem conhecimento dos beneficiários”, detalhou.
A investigação apontou ainda a ocorrência de portabilidade bancária para uma instituição, cujos funcionários também são suspeitos de participarem do esquema.
Os levantamentos indicaram que procurações falsas eram usadas para ajuizar ações judiciais que geravam indenizações fraudulentas, causando prejuízos aos bancos. Tudo era feito sem o conhecimento das vítimas.
A PC ainda não sabe o número exato de vítimas e pede para que as pessoas abordadas pelo grupo procurem pela delegacia.
Crimes
Eujecio Coutrim afirmou que estão apurados os crimes de lavagem de capitais, estelionato, uso de documento falso, crime contra economia popular, comércio irregular de medicamento uso controlado, entre outros.
Policiais que atuaram na operação
Polícia Civil
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